“Oh quanto riso, oh quanta alegria!”…. É Carnaval, eu sei. É tempo de festa, sorrisos soltos, alegria, eu sei. Mas será que todos têm motivos para sorrir? Amídia apresenta pessoas fantasiadas, felizes. Como se o país inteiro caísse na folia, mesmo com tantos problemas.
Muita gente pode estar infeliz nesse momento. Algumas pessoas passam fome, outros adorariam brincar no Carnaval, mas estão em depressão profunda. Cada um tem seu motivo. Cada ser carrega em si uma história, sua própria história de vida. E, cada motivo, seja ele bom ou ruim, sem dúvida é único.
Não querer ou não poder se divertir, quando “muitos” dizem que não importa o problema, pois no Carnaval “todos” pulam e se divertem, não reflete a realidade de um povo como o brasileiro, que sofre, que luta e que também chora.
Pedir um sorriso a quem mal consegue levantar da cama todos os dias, para quem tem dificuldade até para comer algo, é pedir demais. A depressão, por exemplo, cresce a cada dia, e leva uma boa parcela da população ao desespero. Quem tem depressão descreve o desânimo profundo que o acomete.
Quem tem depressão sente uma dor imensurável. Dor física, dor na alma, ou apenas dor.
Extrair sorrisos de quem sente dor, não é justo. Para quem está em uma situação como essa, o silêncio por vezes é suficiente. Basta, talvez, um ombro amigo, sem cobranças ou julgamentos, que pacientemente lhe ouça, e apenas isso.
Portanto, antes de pedir, cobrar, exigir um sorriso, ânimo ou energia de alguém, compreenda. Quem sabe sorrir, empaticamente, seja mais importante do que exigir sorrisos?
Paula
CVV Jabaquara (SP)
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