Você é funcional?

Data28/02/2018 CategoriaAutoconhecimento

Ser funcional pode ser compreendido como a capacidade de aprender a ser livre para ser o que se é realmente. Ter capacidade de lidar com a vida. Garantir bons relacionamentos, pessoais e profissionais. A lista pode ser grande e variar de pessoa para pessoa. O problema costuma ser quando o “muito funcional” torna-se sinônimo de não ter uma doença mental levada a sério. Quase sempre invisíveis, os transtornos podem ser julgados por outros. Neste caso, o resultado mais comum é que as pessoas não sejam entendidas quando expressam os sentimentos mais profundos, seja a familiares, amigos ou profissionais.

Como destaca a psicóloga Karen Lowinger, colaboradora do Portal The Might, pode-se estar morrendo por dentro enquanto se atravessa as atividades cotidianas. É quase sempre fácil saber o que os outros esperam de nós. Atuar bem, explica ela,  é um processo cognitivo. “Você provavelmente pode mencionar agora como uma pessoa emocionalmente estável ou ‘mentalmente sã’ deveria agir”, avalia. Em geral, quando as pessoas seguem um estilo padrão – acorda todos os dias, parece apresentável, cuida do que precisa ser atendido ou feito, come e vai dormir -, ela é vista como funcional. Só que todos esses comportamentos podem ser adotados independentemente de como se está ou se percebe por dentro.

A psicóloga ressalta que essas pessoas consideradas de “alto funcionamento” não adotam essas atitudes porque pretendem enganar os outros, mas por quererem produzir e fazer parte da sociedade. “Elas tentam superar suas doenças ou distúrbios”, comenta. Quando a pessoa chega a procurar ajuda, quase sempre a luta vem sendo travada há algum tempo. É comum não admitir um transtorno mental para evitar perceber rejeição, pouco entendimento ou falta de empatia. A atitude do outro pode ser devastadora.

Karen Lowinger observa que ninguém tem o direito de tentar minar o outro em função das dificuldades alheias. Ela observa que, dependendo do que se enfrenta, a funcionalidade pode ser considerada um sintoma, com o disfuncional atuando como um rótulo. A falta de compreensão pode ser mais comum do que se imagina. A sugestão dela é que cada um confie mais em si. “Continue procurando a pessoa que o escuta e leva em consideração seus sentimentos. Não se sinta desmoralizado ou com problemas”, destaca. Se você quer conversar sobre esse ou outros assuntos com empatia, total sigilo e sem julgamentos, acesse cvv.org.br e veja todas as formas de atendimento disponíveis.

Leila

CVV Brasília

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