Micropassos: o caminho se faz ao caminhar

Data29/12/2019 CategoriaAutoconhecimento

Toda vez que a Terra está terminando mais uma volta ao redor do sol, somos levados a avaliar nossos planos, metas e realizações no ano que está chegando ao fim. Este pode ser um momento muito frustrante para quem sente que fracassou no que tinha se proposto.

Não é raro que, movidos pelo nosso senso de urgência, tracemos objetivos muito altos, uma mudança de vida e de hábitos radicais, que esperamos que nos traga mais felicidade, organização, disciplina, saúde, dinheiro, sucesso, etc. O ano-calendário costuma ser nosso parâmetro e ao final avaliamos se conseguimos ou não. Tudo ou nada. Oito ou oitenta.

Este mecanismo costuma esconder algumas vitórias. Por exemplo: se a meta era passar em um processo seletivo e não conseguimos, mas criamos o costume de estudar, é possível celebrar esse avanço. O mesmo pode-se dizer de alguém que tinha por objetivo superar uma doença emocional, não conseguiu, mas manteve-se firme no tratamento. São inúmeros exemplos e ignorar os pequenos passos ao longo do caminho pode dar a falsa sensação de estarmos parados, nos desestimulando a continuar. Uma estratégia para evitar tais sentimentos é, ao invés de fixar metas fechadas, que nem sempre dependem apenas de nós, pensarmos na conquista de habilidades, como dormir e acordar mais cedo, ter hábitos alimentares mais saudáveis, ser mais dedicado às nossas tarefas, cumprir prazos, buscar capacitação constante , entre outras, que estão sob nosso controle e podem ou não levar àquele resultado pretendido.

As recaídas e abandonos temporários das ações também podem nos levar a crer que estamos andando para trás ou estagnados. Isso ocorre por uma tendência em acreditar que iremos criar ou abandonar costumes do dia para a noite, com base meramente em uma decisão, sem nunca mais vacilar e reincidir nas práticas antigas. Encarar estes momentos como normais e esperados pode facilitar a retomada dos planos.

É muito difícil mudar hábitos e comportamentos em um curto espaço de tempo. Não existe uma chave para virar e desvirar. A mudança normalmente acontece em micropassos confortáveis, mas corajosos. A cada micropasso, um medo ou limitação vai ficando para trás e nos encorajando ao próximo. Com paciência e perseverança, ao longo de vários anos, é mais fácil construir quem a gente quer ser.

Luiza – CVV Belém/PA

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