Dor..todo mundo já sentiu ou está sentindo dor nesse momento. É mais comum remetermos a dor física… porque é possível apontar onde dói… dói a barriga…dói a cabeça…dói o ouvido…e logo há um remédio.
E quando não é possível apontar para o órgão que a dor se faz presente? E quando não é possível nomear a dor que se sente?
A dor que quero falar aqui é a dor psíquica! Aquela que estrangula o peito… aquela que te recolhe e encolhe do seu dia-a-dia… aquela que paralisa alguns sentidos ao mesmo tempo potencializa outros sentidos… e te faz sentir a tragédia que é existir!
Sim! A dor psíquica invade todo o seu ser! Dói o pensar, dói o sentir e dói o agir!
A dor psíquica pode ser o resultado do dilaceramento da nossa fonte de amparo e da esperança. A dor psíquica pode nos deixar isolados de outras pessoas, aquelas mesmas que poderiam nos ajudar a restabelecer o elo com a vida.
Há muitos motivos que podem provocar a dor psíquica: rupturas de relacionamentos, falecimento de pessoas queridas, mudanças repentinas, perda de emprego. Doenças mentais também podem desencadear dor psíquica, a depressão é uma delas.
Trata-se, portanto, de uma dor de intensidade que ultrapassa o nosso próprio ser… e se esparrama por todo nosso entorno… família, trabalho e amigos! Ao mesmo tempo transborda para comunicar… avisar… pedir socorro… a dor psíquica precisa ser anunciada como um pedido de ajuda!
O outro lado da dor psíquica é comunicar que algo não vai bem do ponto de vista emocional.
Pedir ajuda é romper o caos dos sentidos. É aquele segundo que você pode pensar em uma pessoa para conversar sobre a sua dor, e naquele instante que você busca algo ou alguém fora de você e transforma a confusão do sentir em possibilidade de ser resgatada de si mesmo.
Falar sobre os sentimentos pode ser o melhor remédio para a dor psíquica. Falando você também se escuta… pode organizar os seus pensamentos e ter atitudes que promovam o seu bem-estar.
Assim sendo, a dor psíquica quando comunicada poderá ser a travessia do lado trágico de nossa existência para a possibilidade de se transformar em energia vital.
Karla Gaspar – Colaboradora Blog CVV
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