Viver plenamente exige esforço, renúncias, desapego e o desprendimento da necessidade de controle de si e do outro. Abrir-se à própria vulnerabilidade é um movimento que exige coragem para permitir-se ser frágil. Nesse mover-se podem haver surpresas, tais como a descoberta de que ser forte também é permitir-se frágil e em meio a própria vulnerabilidade, descobrir-se inteiro, mesmo que aos pedaços, entregue-se autenticamente.
Aceitar-se como é, aceitar igualmente os outros e as situações é um ato de coragem que vai além de abraçar as próprias contradições e os paradoxos que compõem a vida. Engloba a ousadia de mostrar-se. Ao expressar-se verdadeiramente, deixando de lado as máscaras e defesas, fica-se exposto ao olhar do outro, à possível análise, crítica e julgamento. Isso pode gerar receio em maior ou menor grau dependendo da nossa necessidade de aceitação e reconhecimento.
O medo de perder a conexão com o outro, seja por não atingirmos suas expectativas ou não estarmos de acordo com os valores e padrões definidos socialmente, limita a manifestação dos nossos reais sentimentos e pensamentos, fazendo com que sejamos incongruentes em nosso modo de agir. Mostrar-se, portanto, é viver a vulnerabilidade. Um ato de coragem que vem com a aceitação de si, a exposição e abertura para a experiência.
Algumas pessoas podem sentir muita dificuldade em mostrar seus reais sentimentos, emoções e pensamentos, obrigando-se a agir e dizer o que consideram que seja mais facilmente aceitável pelos outros. Esta atitude pode gerar angústia e a constante sensação de estar com algo preso na garganta. O CVV, através de conversas anônimas e sigilosas, oportuniza que todos possam falar abertamente sobre si, sem medo de julgamentos ou críticas. Se desejar, acesse cvv.org.br e veja como conversar com um voluntário.
Andressa
CVV Jaraguá do Sul/SC