Pai é quase sempre uma figura que não é indiferente. Costuma ir de extremos entre herói e vilão. Às vezes, esses rótulos são dados à mesma pessoa, em diferentes épocas da vida dos filhos.
Um pai é frequentemente a primeira manifestação de força e autoridade que se conhece. Também é comum, em outros casos, que seja a primeira referência de autoritarismo ou rejeição. Ambas as experiências têm influência na formação da personalidade dos filhos. Se no primeiro caso pode causar sensação de conforto e segurança, no último não é incomum gerar pessoas com dificuldades de se relacionar com as demais.
A busca por independência e identidade própria, cumulada com um desejo inato de ter a admiração do pai, pode ser fonte de conflitos e de angústia para as pessoas. A relação pai e filho é delicada inclusive – e talvez principalmente – na ausência, em decorrência da mágoa pelo abandono (afetivo e/ou financeiro) de quem tinha o dever de cuidar.
Para os pais também não é simples: há pressão interna e externa para suprir as demandas dos filhos, não demonstrar fraqueza, ser um exemplo moral e profissional, dar orgulho. O “eu” verdadeiro pode acabar esquecido ou colocado em segundo plano, gerando frustração.
O Dia dos Pais costuma ser uma data em que emergem todos os sentimentos, bons e ruins, decorrentes do ser pai e filho. Pra todos eles, voluntários do CVV estão à disposição para conversar, através do telefone 188 ou do www.cvv.org.br/23.
Luiza -CVV Belém