Nada de corrida no parque, ida à academia, conversa com os amigos no trabalho, cinemas ou shows. Almoço com a família que mora em outra casa, então, nem pensar. O isolamento provocado pela pandemia do coronavírus já provocou mudanças no cotidiano de todos. Ali ou aqui, um pouco mais ou um pouco menos, não existe quem não tenha se readaptado à rotina.
Em outras épocas, o sábado e o domingo, os feriadões, eram sinônimo de alegria e de lazer para muitos, uma pausa no dia a dia apressado entre compromissos e trabalho. Mas agora que o isolamento tornou-se compulsório e de segunda a segunda-feira a ordem é ficar em casa é preciso recorrer à criatividade para manter a saúde mental.
Se a clausura inclui outros familiares, quem sabe não é o momento para aquela conversa demorada, com olho no olho e total disponibilidade. Acolher e escutar de forma integral. Recuperar relações que podem estar desalinhadas.
A tecnologia também pode colaborar. Mandar mensagens, enviar áudios ou usar vídeos para conversar contribuem para quebrar a rotina e fazer com o que a outra pessoa se sinta menos solitária. Quem mora só, nesse período de pandemia, pode ficar as 24 horas do dia sem falar uma única palavra, sem escutar até a própria voz. Um como vai você pode demonstrar toda solidariedade, carinho e empatia.
Por outro lado, os profissionais de saúde alertam que passar horas e horas nas redes sociais, numa ciranda de excesso de informações, pode favorecer a angústia, a sensação de incerteza e o aumento das preocupações.
O estímulo para a prática da resiliência tem sido comum. Quanto tudo passar, a reflexão sobre as relações pessoais pode vir como saldo positivo. Uma espécie de arrumar a casa e a mente, num processo de reorganização que pode levar à ressignificação. A reclusão também pode ser usada para o bem. A introspecção e o silêncio fazem parte do autoconhecimento, vital para sabermos o que realmente é importante para cada um de nós.
Leila
CVV Brasília
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