E se um milagre acontecesse e pudéssemos fazer com que as outras pessoas sentissem o que nós sentimos?Seria bom ou ruim?
Dentro de cada um de nós acontecem coisas que os outros não imaginam, sentimentos que ninguém mais sente.
Cada um é formado por histórias, lutas, partidas, desencontros, amores não vividos, doenças, mortes, perdas. Histórias que nem sempre são bonitas, porque a vida nem sempre é só alegria.
Colocar-se no lugar do outro é nos livrarmos de todas as verdades, princípios e valores que temos. É colocar-se no lugar do outro com a mente nua. Por um instante sentir tudo que ele sente, suas dores, seus valores, sua vida. É enxergar o mundo como ele, e isto pode ser um processo doloroso, pois se o outro sente dor, sentirei dor. Se sente tristeza, sentirei tristeza. Sentiremos os sentimentos bons e ruins, que dificilmente compartilhamos com alguém.
Quando se resolve fazer isto, saímos da apatia , do distanciamento e da frieza, passamos a um estágio de maior sensibilidade, proximidade. Este estágio nem sempre é prazeroso, pois começamos a perceber que as pessoas sofrem mais do que imaginávamos. Mas, fazendo isto, chegamos a uma compreensão mais profunda das outras pessoas do que pensam, sentem e sofrem.
“Empatia” surgiu da palavra grega empátheia, que significa “entrar no sentimento”. Para sermos empáticos é necessário deixar de lado nossos próprios pontos de vista e valores para podermos entrar no mundo do outro sem criticas ou julgamentos.
A empatia é essencial nos relacionamentos, pois permitirá que você ouça as pessoas com a intenção de compreender, e não de argumentar, criticar, sobrepor suas ideias.
A essência de escutar com empatia não é concordar, mas entender profundamente o que o outro quer dizer e, principalmente, o que está ele esta sentindo.
Em todo relacionamento, seja amoroso, de trabalho, familiar ou entre amigos, a empatia é uma forma de minimizar conflitos e expandir a compreensão.
Seria interessante se, por um instante, que fosse apenas uns minutos, pudéssemos de verdade estar no lugar dos outros, ouvir o que eles ouvem, ver o que eles veem, sentir o que eles sentem.
Provavelmente veríamos os outros, suas escolhas e decisões com olhares bem diferentes do que os vemos hoje.
Adriana
CVV Araraquara (SP)
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