Todos nós temos um “eu imaginário”, que é uma versão aperfeiçoada de nós mesmos. Seria o “eu ideal”, o que não cometeu os nossos erros e aproveitou bem todas as oportunidades que surgiram.
O “eu ideal” sempre sabe mais, faz mais, ganha mais dinheiro, tem mais amigos, tem o corpo mais bonito e saudável, é mais forte e corajoso. E é em razão dele que talvez quase todo mundo sinta que está em dívida consigo mesmo.
Este é um sentimento que parece acompanhar todas as pessoas: a culpa derivada da certeza de que poderia ser um (a) melhor pai/mãe, filho (a), profissional, aluno (a), tudo… Costumamos nos ver como pessoas pouco determinadas ou menos focadas do que deveríamos porque nos comparamos com esta versão nossa que nunca fraqueja.
Em muitas pessoas, a angústia é diária. A sensação é de sempre estar devendo, que sempre tem alguém a nossa frente, que sempre tem algo fantástico acontecendo em algum outro lugar e que nós estamos perdendo. Mas esse “alguém” ou “algo” somos nós mesmos, aquilo que projetamos para a nossa vida e não conseguimos alcançar.
É possível que essa autoexigência – que se tornou quase patológica no mundo moderno, em razão das mídias sociais e da imagem de sucesso que todos vendem de si mesmos – seja a responsável pelo aumento de transtornos emocionais. Para quem quiser conversar sobre o peso de ser uma versão inatingível de si mesmo, o CVV oferece um ambiente sigiloso, anônimo, sem julgamentos ou críticas. Acesse www.cvv.org.br/23 e veja as formas de atendimento.
Luiza
CVV Belém (PA)