A importância da memória

Data11/02/2019 CategoriaAutoconhecimento

Numa gaveta, as fotos antigas começam a transbordar. É um baú de memórias! Olhar imagens de outras épocas  é reviver um pouco das emoções e sentimentos experimentados. Dificilmente uma pessoa, mesmo com a saúde física ou mental abalada, consegue ficar imune aos dias felizes eternizados em fotografias. Uma pesquisa com adolescentes em risco de doença mental mostrou que lembrar os bons momentos pode ajudar a evitar a depressão, por exemplo.

Concentrar-se em ocasiões especiais,  buscando reviver os detalhes daquela experiência, pode aumentar a resiliência, segundo os pesquisadores da Universidade de Cambridge. Quem nunca deu boas risadas numa reunião de família com as recordações da infância? Ou mesmo saboreou com amigos experiências marcantes que o tempo levou?

Fotos e diálogos podem ser tão decisivos quando perfumes, sons, uma cena aleatória, um gesto… referências que trazem de volta flashs da nossa história. A vida se assemelha a uma canastra da Emília, personagem de O sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato, que guardava para sempre as coisas mais improváveis. Tesouro inestimável. 

Por outro lado, as lembranças ruins podem provocar efeito contrário. Aquela tristeza, melancolia ou mesmo raiva contra fatos que não são mais passíveis  de alteração. Eventos estressantes, abuso, intimidação, negligência, violência, para citar apenas alguns, ampliam a vulnerabilidade. Pode ocorrer de essas memórias nem ficarem no consciente e se apresentarem de outras formas, como fobias inexplicáveis ou sonhos repetitivos. 

Fato é que nosso passado e o que ficou dele é muito mais importante do que às vezes podemos supor. São essa memórias  que garantem a nossa identidade. E são  únicas para cada um de nós. Mas podemos trazê-las à tona de diferentes formas… é a tal ressignificação. 

Leila

CVV Brasília

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