O ser humano tem em sua natureza uma tendência para viver em grupo, o que é determinante para sua existência baseada em relacionamentos sociais. Instigado pelos desafios que lhe são apresentados pelos diversos papéis que tem de desempenhar, desenvolve determinados comportamentos que podem resultar até mesmo no uso da intimidação e da violência física. São comportamentos que podem ser classificados de defesa ante as ameaças que podem dificultar ou mesmo inviabilizar o êxito de projetos em diferentes aspectos: social, profissional, familiar, entre outros.
O conflito de pontos de vista, componente natural e esperado em um relacionamento pessoal, nem sempre é tratado com a maturidade necessária para que todo processo seja entendido. Ou seja, a aceitação de que as diferenças existem e devem ser exploradas para o crescimento pessoal dos envolvidos. Quando o conflito é encarado como perda de poder, entram em cenas esses aspectos. Às vezes, de forma velada, na tentativa de manter-se a prevalência do próprio ponto de vista, o que pode até ser conseguido, mas não sem prejuízo para o equilíbrio emocional do outro e, principalmente, para a qualidade da relação.
O processo sadio nos relacionamentos entre pessoas traz, no seu âmago, um componente da maior importância para o seu sucesso, que é a atitude compreensiva, resultante de posturas desenvolvidas pelo indivíduo, tais com maturidade, humildade, bom senso…. A atitude compreensiva tem como grande virtude o desarmamento do preconceito e da prepotência, colocando os conflitantes em um mesmo patamar, facilitando sobremaneira o entendimento e o crescimento emocional dos envolvidos, traduzindo-se em atitude respeitosa por ambas as partes. É, realmente, um processo onde todos saem beneficiados.
Há que se ter em conta que a atitude respeitosa verdadeira é totalmente desprovida do desejo de modificar o outro e plena de aceitação. Não fosse assim, estaríamos simplesmente sendo educados e políticos, mas nunca respeitosos. Não é fácil, por envolver profundos processos de ordem emocional, mas, sim, é possível, desde que tenhamos como princípio uma atitude facilitadora do entendimento e da aceitação. Agindo assim, com certeza, estaremos sendo respeitosos para com o outro.
Comissão de Estudos do CVV
Recife (PE)
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