Música é algo que temos sempre por perto: no fone de ouvido, no elevador, no restaurante, no casamento, nas festas, na igreja etc. Mas o quanto dessa música realmente nos afeta? O quanto nos traz sentimentos genuínos?
Ouvimos musicas desde muito cedo, ela já está no nosso corpo desde que somos fetos: pesquisas demonstram que o bebê ainda em estágios iniciais de formação consegue sentir e interpretar o ritmo do coração da mãe e de alguns ruídos externos, e isso lhe traz, provavelmente, conforto e segurança. Com o avançar da gravidez, nos estágios finais, a voz humana torna-se “música” plenamente compreendida pelo bebê como canção, o que, segundo esses estudos, podem trazer ao bebê a sensação de bem-estar.
Etnomusicólogos, estudiosos da música em várias culturas humanas, demonstram que ela é uma das espinhas dorsais para a formação da linguagem e para a formação de uma cultura: rituais de morte, de casamento, de ascensão de tronos, de nascimento de filhos, guerras etc são sempre marcadas por canções ritualísticas, que envolvem grandes danças de integração comunitária – e por conseguinte, ligação intima com o eu. Esses momentos de êxtase, carregadas de emoções, ajudaram a formar a música como é hoje: palavras cantadas dos nossos sentimentos.
“A música é o verdadeiro lar do coração” é uma afirmação da ópera de W. A. Mozart (1756-91) A Flauta Mágica – Ária de Tamino: “Quão poderoso deve ser seus tons mágicos, flauta maravilhosa, fazem até feras selvagens sintam profunda alegria com seu som! Deve ser o verdadeiro lar do coração”. Tamino nos faz refletir e avaliar o quanto a música pode nos salvar de um mundo terrivelmente dominando pela angústia, depressão e outras doenças.
Há várias pesquisas que demonstram os efeitos da música no nosso corpo e como para alguns pode ser um remédio poderoso contra a depressão. Não se sabe exatamente como, mas sessões diárias de musicoterapia em pacientes com depressão profunda os fizeram se recuperarem mais rápido do que somente com o uso dos remédios tradicionais. E não só para depressão a musica pode funcionar, outras pesquisas mostraram que também são eficientes para o tratamento do câncer – há uma melhoria da resposta imunológica significante – e para melhora de dor de tratamento a paciente terminais.
As ondas sonoras, os ritmos, as palavras sonorizadas podem nos trazer bons sentimentos desde de nossa formação nos trazendo bem-estar por toda a vida, pode nos ajudar nas adversidades da vida. Bravo!
Filipe
Belém/PA